Espetáculo “Landell de Moura” retrata inventor gaúcho

Peça em cartaz até dia 19 de agosto de 2012

Um homem fora de contexto, retratado sob o ponto de vista do teatro épico é o mote de Camilo de Lélis em seu mais recente trabalho, “Landell de Moura”, sobre o inventor gaúcho que, no início do século XX, realizou a primeira transmissão de voz humana sem o uso de fios, por meio de ondas eletromagnéticas. Com texto de Hércules Grecco, o espetáculo estreia no Teatro Renascença (Érico Veríssimo, 307), de quintas a domingos, às 20h, onde fica até 19 de agosto.

No palco, a epopeia do padre desde a juventude, quando uma prostituta se apaixona por ele, até o final de sua vida, com a revelação fantástica sobre sua missão. Inventor do transmissor de ondas, do telefone sem fio e do telégrafo sem fio, viveu entre 1861 e 1928, sendo o precursor da fibra ótica, por ter usado a luz como meio de transporte de informação. Apesar de patentear seus inventos no Brasil e nos EUA, não obteve reconhecimento e apoio financeiro para desenvolver suas pesquisas em nosso país.

Camilo havia contado sua versão de “Os Crimes da Rua do Arvoredo” (1999) e “Maria Degolada” (2001) pela ótica do grupo Faces & Carretos, que mesclava sátira e história. A ideia de montar a peça surgiu há dez anos, quando os restos mortais de Landell foram trasladados da Gruta da Glória à Igreja Nossa Senhora do Rosário. Parou por dez anos e retornou com “Milkshakespeare” (2010) e “Exercício Sobre a Cegueira” (2011). Quando ganhou o Prêmio MinC/Funarte, partiu para os ensaios, em maio último.

Os personagens se estabelecem num jogo de oposições entre o sagrado e o profano: dois padres inquisidores, duas prostitutas, Dom Pedro II, que o apadrinhava, e o Tio Sam. O papel central ficou a cargo de Leonardo Barison (“Bailei na Curva”, “Manuel Prático da Mulher Moderna”, “O Rei da Escória” e “Fora do Ar”), em sua primeira atuação densa. Luís Franke é Bartolomeu de Gusmão (1685-1724), seu amigo invisível e mentor, que inventou a Passarola. Apesar de terem vivido em épocas diferentes, numa licença poética, conversavam sobre Ciência, em referências a Da Vinci e Isaac Newton.

A trilha, de Marcelo Delacroix, traz músicas da época, de Octávio Dutra e Anacleto de Medeiros. Nos ritmos polcas, valsas, maxixes, scotchie (ritmo que virou o xote) e charleston, embalam as coreografias de Carlota Albuquerque. Também no elenco, Renata de Lélis, Marcos Chaves, Ariane Guerra, Plínio Marcos Rodrigues, Rafael Franskowiak e Wagner dos Santos.

Fonte oficial: http://www.correiodopovo.com.br/ArteAgenda/?Noticia=450777

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Rubens Zolotujin

Rubens Zolotujin é um indivíduo multifacetado cuja paixão pelo radioamadorismo se destaca como um dos pilares de sua vida. Com mais de 25 anos de experiência nessa área, ele se firmou como um respeitado entusiasta do rádio. Seu hobby evoluiu para um profundo envolvimento com a tecnologia e a cybersegurança, marcando-o como um especialista em um mundo cada vez mais digitalizado.

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